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Como o cheiro pode influenciar na percepção dos ambientes?

Como o cheiro pode influenciar na percepção dos ambientes?

por Arq. Daniele Biessek

Já falamos aqui que a Neuroarquitetura trabalha com os cinco sentidos, e hoje vamos falar um pouco sobre o olfato.

O olfato é um dos nossos sentidos mais antigos e seu principal papel é ajudar a encontrar comida. Muitas vezes, mesmo não vendo, sabemos que há algum restaurante por perto pelo cheiro que vem desse local. Ao sentirmos o cheiro, nosso estômago começa a roncar e fica mais difícil nos concentrar no que estávamos fazendo. Isso acontece porque o cheiro ativa o hipotálamo, que é a região do cérebro que ajuda a controlar a fome.

O cheiro também impacta diretamente nas emoções que o ambiente irá nos transmitir. Alguns aromas conseguem promover a sensação de relaxamento, outros de aconchego e alguns até nos ajudam na concentração. Além disso, o cheiro é processado numa região do cérebro chamada de “hipocampo”, que é a região responsável pelo processamento das memórias. Por isso, quando sentimos um cheiro da nossa infância, as memórias daquela época voltam automaticamente. 

E você sabia que a memória mais persistente de um espaço é o cheiro? Isso mesmo! O cheiro desperta memórias esquecidas, pois as narinas despertam essa “imagem esquecida” e somos convidados a sonhar acordados.

A ativação do sentido do olfato tem sido cada vez mais utilizada em espaços, principalmente os comerciais, para criar uma “memória olfativa” daquele espaço ou produto.

Conhece ou já ouviu falar da marca Melissa

Ao entrar em uma loja exclusiva do Clube Melissa ou então em um revendedor da marca, é praticamente impossível não notar o cheiro de chiclete de tutti frutti misturado com plástico. Assim como a matéria-prima Melflex, o cheiro de Melissa se tornou marca registrada, já que está presente nos produtos desde a criação da marca, em 1979. Exatamente por isso, o cheiro de Melissa se tornou algo nostálgico para os fãs da marca. Para muitos, sentir o cheirinho traz memórias de infância e da adolescência e esse é exatamente o objetivo da marca. Conforme apontado no texto "As Estratégias Pioneiras do Mix de Marketing em 32 Anos de Melissa", a Grendene fez isso desde o começo como uma estratégia de marketing para agregar valor ao produto.

No caso da Melissa, a Grendene foi inteligente desde o começo, ao pensar em uma marca que entregaria diversas experiências aos consumidores, entre elas seu cheiro característico. Ao fazer isso, a empresa criou, aos poucos, a ideia de que Melissas são mais do que sapatos. Afinal, aqui há uma matéria-prima única, designs arrojados e o cheiro, que complementa a cartela de sensações: Melissas enchem os olhos, são sentidas pelo tato e pelo olfato.

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