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Mais que um banquinho

Mais que um banquinho

por Anna Niemeier - Designer

Dentre todos os móveis de uma casa, você já parou para pensar qual deles é o mais versátil? Aquele que exerce inúmeras funções, que muda de forma, textura, cor e que pode ser incorporado a qualquer ambiente? Bom, se pararmos para analisar podemos enquadrar alguns móveis que tem essa versatilidade, mas hoje vamos focar apenas em um, no famoso e indispensável banquinho.

Sua presença é sutil, quase que imperceptível na maioria das vezes, porém quando não o temos a disposição nos damos conta que falta algo de extrema importância. O banquinho nos convida a sentarmos, a apoiar nele aquilo que mais precisamos no momento, sejam objetos ou a nos mesmos. Além de sua utilidade prática, ele pode ir além, isso tudo de acordo com contexto ao qual está inserido. Vejamos por exemplo na cultura dos índios tukanos, do Amazonas. Para essa tribo o banquinho é um elemento sagrado, pois Deus estava sentado nele quando decidiu criar o homem, assim eles consideram esse simples objeto algo sagrado, que transcende a função física, sendo incorporada suas crenças e histórias junto a sua forma.

Sori Yanagi, arquiteto e designer japonês, também mudou a sua cultura com uma nova peça, a qual foi denominada Banco Butterfly. Para os japoneses esse não é um item usual, mas com suas formas curvas, simplicidade e sofisticação em paralelo, o artista conseguiu elevar a peça além dos costumes ancestrais. É uma síntese perfeita das tradições orientais e ocidentais em um único objeto.

Outro nome de respeito e importância inigualável é o do designer brasileiro Sérgio Rodrigues, que criou o banco Mocho em 1954. Com inspiração nos bancos que serviam de apoio na ordenha das vacas, ele foi elevado a outro nível, sendo visto e valorizado em todo nosso país e no mundo. Cada detalhes foi pensado e ajustado para que essa simples peça pudesse ser útil, versátil, confortável e atemporal.

O designer Fernando Mendes nos traz uma interessante observação a respeito do banco Mocho: “O Mocho tem uma alça para carregar o banco. Essa ideia de levar o banquinho com a mão é aconchegante... Quando se olha de lado o Mocho com seu assento redondo vê-se um trapézio formado entre os pés, a travessa de baixo e o assento. É um triângulo que liga os três pés. Aparecem todas essas figuras geométricas no desenho.”

E você, já havia pensado na importância do banquinho da sua casa? Já viu ele como além da forma, e da sua atual função? Conta pra gente o que achou e o que mais você poderia fazer com ele.

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